Um Juiz de Rock Hill incluiu um estudo da Bíblia como parte da sentença dada a uma mulher que foi presa por dirigir embriagada. Além de oito anos de prisão, o
Michael Nettles (foto abaixo) condenou Tolley, de 28 anos, a ler o Livro de Jó do Antigo Testamento e escrever um resumo sobre o texto.
A defesa alegava que Cassandra Tolley era uma boa mulher, sem antecedentes criminais. Ironicamente o tema dominante no segmento da Bíblia destacado pelo Juiz na sentença trata da questão: "Porque Deus permite que pessoas boas sofram".
Tolley atingiu um veículo na contramão enquanto dirigia embriagada em Novembro do ano passado. O acidente deixou gravemente feridos as duas pessoas do outro carro. Tolley estava com 0.333 de álcool no sangue, mais de quatro vezes o limite legal.
O advogado de Tolley disse que ela é grata pela leitura da Bíblia obrigatória e já começou a trabalhar no resumo.
O professor de direito da Universidade da Carolina do Sul, Kenneth Gaines, disse que apesar da sentença ser rara, o juiz não ultrapassou a sua autoridade. Se o réu estave de acordo com o cumprimento da sentença, não há problema.
A Carolina do Sul está na Bible Belt, que geograficamente é a parte do país onde a uma maior resistência cultural cristã contra o secularismo promovido por Washington.
A decisão do juiz foi ridicularizada por militantes dos direitos humanos, como o ateu Stephen H. Provost do Blog, The Provocation, que escreveu afirmando que no livro de Jó Deus é um tirando ditador e que tal livro atenta contra a democracia, "Seria melhor que o juiz houvesse condenado a mulher a se auto-flagelar" escreveu Provost.
Em um judiciário formado em sua maioria por ativistas fabianos, apoiados pela Casa Branca, ver atuando juizes de cunho conservador nos serve de algum refrigério.
Wesley Moreira
Fonte: Midlands Connect