LINGUAGEM APONTA PARA O DECLINIO DA CIVILIZAÇÃO

Estudo de análise de palavras usadas em mais de 1,5 milhões de livros publicados entre 1800 e 2000, publicadas no jornal The Telegraph revelou como os valores culturais mudaram e estão em declínio.



Os pesquisadores descobriram um aumento no uso de palavras como "escolher", "alcançar" e "tomar" nos últimos dois séculos, enquanto palavras como "agradecer" e "dar" diminuiu.

Houve também uma indicação de que as pessoas na sociedade moderna estão mais em contato com suas emoções e menos propensas a agir do que eram antes - o uso da palavra "sentimento" aumentou, enquanto "agir" diminuiu. Uma clara alusão ao fenômeno do vitimismo que pragueja a sociedade atual, onde lamentar suas dores e exigir ajuda vale mais que se levantar e enfrentar a vida com coragem. O vitimismo é um movimento que busca inventar ou dramatizar histórias e imagens, usualmente invertem as exceções pelas regras e frequentemente manipulam estatísticas afim de criar simpatia e compaixão da população pela causa apresentada. O intuito é tirar proveito político e financeiro da situação ao se apresentarem como representantes únicos das supostas vítimas.

O estudo aponta que as mudanças na linguagem indicam que a sociedade cresce mais egoísta a medida que prospera, enriquece e se torna mais urbana. Entendo por esse resultado que as doutrinas ideologias ensinadas subliminalmente e diretamente ao povo através das instituições de ensino tem falhado na sua proposta de ser a "nova moral". 

A professora Patricia Greenfield da Universidade da Califórnia em Los Angeles, que conduziu o estudo, disse: "Esta pesquisa mostra que houve um longo deslocamento histórico nos ultimos dois séculos para funcionamento psicológico do indivíduo.

"O aumento atual do individualismo não é algo recente, mas vem acontecendo há séculos quando mudamos de uma sociedade predominantemente rural de baixa tecnologia para uma sociedade predominantemente urbana high-tech" disse Patricia Greenfield. Porém essa não é a única causa, a mesma pesquisa e outras mais apontam para o declinio da linguagem considerada religiosa, e a queda pelo interesse por livros cristãos. O estudo de Patricia Greenfield também mostra que o aumento das palavras com foco egocêntrico como "eu", "individual", "único", "meu" está diretamente relacionado com o declinio do uso de palavras religiosas, como "obediência", "oração", "autoridade", "pertencer" e "família" que diminuiram em seu uso ao longo do mesmo período de 200 anos. E mesmo que a Bíblia ainda seja o livro mais vendido, há um declínio constante nas vendas de Bíblia a cada ano segundo a American Bible Society que em uma pesquisa em 2014 mostrou que apesar da Bíblia estar firmemente enraizada em solo americano, 88% dos americanos possui em média 4 Bíblia em casa, 61% confessaram que não lêem a Bíblia.

Apesar que alguns queiram confundir, egoísmo e individualismo não são a mesma coisa. Ações individuais como escrever um livro, inventar, pintar, trabalhar, beneficiam a todos. A ação individual do trabalho de um pai sustenta toda uma família. O egoísta por sua vez pode trabalhar em grupo, mas para si mesmo e usará o grupo para seu fim pessoal. O que o estudo revela é o aumento do egocentrismo, fruto de décadas de propaganda anti-cristã.

O humanismo, base de todas as tendencias ideológicas que guiam a sociedade atual, é a crença de que o valor potencial e bondade dos seres humanos faz desnecessário a figura de Deus para o suprimento das necessidades humanas comuns, e busca formas exclusivamente racionais de resolver problemas humanos. Observem o mundo a sua volta, o humanismo fracassou em sua tentativa de substituir o cristianismo como pedra de esquina da civilização ocidental.


Observadas as datas e a tendência há uma relação direta entre a queda do cristianismo e o aumento do egoísmo. A diminuição gradual da influência do cristianismo contrasta diretamente com o crescimento das ideologias humanistas. Nunca houve um domínino tão grande do discurso de igualdade na história e nunca a civilização esteve tão confusa, tão fragmentada e tão dividida como em nossos dias. O fato é que Deus foi excluído ou pelo menos relativizado em nossa civilização o que produziu um efeito contrário ao previsto nesse discurso ideológico que ainda prevalece hegemônico nas instituições educacionais. E logo, como as instituições de ensino se dedicam em doutrinar os filhos contra a fé dos pais, essa nova geração que ocupará os cargos no poder público, como juizes e prefeitos, serão os algozes da geração de seus pais. Em breve veremos o cumprimento literal das palavras de Jesus:

"Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o filho e seu pai, entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra, assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim; e aquele que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. O que acha a sua vida, perdê-la-á; mas o que perde a sua vida por minha causa, achá-la-á."
(Mateus 10:34-39)

Wesley Moreira





fonte: The Telegraph