No momento em que se inicia o debate sobre a lei que quer reduzir a quase nada o tempo de TV dos programas evangélicos no Brasil. Uma pesquisa feita entre os cristãos evangélicos americanos aponta que censura se faz é com o controle remoto. Evangélicos também tem senso crítico e não são tão ingênuos como alguns afirmam.
A maioria dos evangélicos odeiam TV Evangélica. É o que aponta resultado de pesquisa que entrevistou mais de 100.000 cristãos. O Pastor David Wright executivo-chefe da DoersTV.com usou seu canal para consultar cristãos no facebook sobre o que eles pensam sobre a TV evangélica.
David Wright ficou surpreso com os resultados, na verdade ele ficou chocado ao descobrir que a grande maioria disse que não assiste e odeia TV Evangélica. No total 90% do retorno à sua pesquisa foi negativo.
Os comentários nas mensagens de resposta à pesquisa indicam por sua vez quais são os grandes problemas dos crentes quando se trata de assistir TV's Evangélica:
- Muita pedição de dinheiro e muitos meios para captação de recursos.
- Falsos mestres da prosperidade que manipulam as pessoas para ofertas.
- Programação chata e falta de programação de qualidade.
- Falta de integridade dos líderes cristãos que fazem os programas.
O pastor Wright disse que ficou "perplexo" com as respostas. "Eu meio que esperava que haveria aqueles crentes que acham que a TV Evangélica era muito chata ou não fosse relevante para o presente tempo, mas eu nunca imaginei que 90% desprezassem a TV Evangélica", disse ele.
"Infelizmente, a ganância por dinheiro substituiu a necessidade de ministração entre muitos de nossos ministros e redes de TV Evangélicas. As pessoas estão cansadas da avareza por coisas materiais." disse o pastor Wright que acrescentou ainda que a falta de integridade entre os pastores e líderes de hoje tem desempenhado um papel importante nessa percepção negativa da TV Evangélica.
"Não podemos ter pastores envolvidos no pecado e esperar que as pessoas não desliguem a TV ou mude de canal", disse ele.
O pastor Wright foi um dos responsáveis pela demissão de todos os evangelistas da prosperidade da DoersTV. Leia o artigo: Rede evangelica expulsa pregadores da prosperidade
Os resultados da pesquisa que consultou mais de 100.000 pessoas ainda pode ser vista no canal do facebook do Doers TV.
Há mais de 20 canais de TV cristã nos EUA, desses, 17 são evangélicos. Somados a esse número estão os horários alugados pelas madrugadas. O evangelista Rodney Browne, que manteve um programa de TV durante todo um ano sem pedir nenhuma espécie de contribuição financeira, afirmou de fontes de pesquisas internas, que somente 1% dos americanos assistem TV evangélica, "O alcançe é muito superficial para o tamanho da despesa" afirmou Browne que agora investe os recursos de sua igreja em evangelismo pessoal de porta em porta.
No Brasil o debate sobre a nova lei que regula o tempo de TV para programas religiosos passa com justiça pelo debate da liberdade de expressão. O povo deve ser livre para votar com seu controle remoto em que programa devem assistir e votar com suas carteiras em qual programa ficará no ar. Censura é censura, independente da motivação de cria-la, que no caso do cenário brasileiro esconde um mau muito maior. O monópolio que o governo federal quer impor sobre os canais de TV.
A estratégia do governo é muito simples mas eficaz. Desidratando as emissoras de TV de toda fonte de dinheiro privado, o estado busca se tornar o maior, senão o único patrocinador das redes de TV através das propagandas de empresas públicas como a Caixa Economica, a Petrobras, o Banco do Brasil entre outros orgãos ligados direta e indiretamente ao governo federal.
O resultado é muito simples: o freguês tem sempre razão. As emissoras de TV estarão nas mãos do estado que terá o poder para sabotar, se desejar, ao seu favor, o processo democrático através de uma censura branca que manipularia as notícias, a imprensa, e a propaganda.
Deixemos o povo escolher o que deseja assistir. A exemplo dos evangélicos nos EUA, no final terá audiência quem tiver qualidade. Com o controle remoto nas mãos e democraticamente 90% dos evangelicos americanos disseram 'não' aos programas evangélicos. Essa é a beleza da democracia.
Quanto a mim, eu prefiro a liberdade de escolher errado que a censura de não poder escolher.