Em 1968, sua mãe foi brutalmente agredida com uma faca por um estuprador, 'serial killer', em Michigan. A polícia rapidamente referiu sua mãe a um conselheiro de estupro, que apresentou a ela o aborto como a única opção. O aborto era ilegal em Michigan naquela época, mas o conselheiro recomendou-a à umas clinicas de fundo de quintal.
A mãe dela recusou fazer o aborto devido às condições insalubres dessas clínicas. A mãe de Rebecca foi então encaminhada a um abortista mais caro, que informou a ela dos procedimentos. Durante a noite, perto do Detroit Institute of Arts, uma pessoa iria se aproximar dela, perguntar o nome dela, vendar seus olhos, colocá-la no banco de trás de um carro e levá-la à clínica de aborto secreta. Desconfortável com estes requisitos, a mãe de Rebecca decidiu levar a gravidez adiante e colocar Rebecca para adoção.
Os motivos que levaram a gestante a mudar de ideia são irrelevantes. O que importa é que ela decidiu poupar, Rebecca, seu bebê. É mais fácil, creio eu, para uma mulher grávida, que não quer seu bebê, matá-lo, em vez de tolerar a sua presença por nove meses e dar-lhe a uma família que possa amá-lo.
Veja o que Rebbeca Kiessling tem a dizer sobre sua experiência.
Todos nós já ouvimos alguém dizer: "Eu sou pró-vida, bem, exceto em casos de estupro ..." ou "Eu sou pró-escolha, especialmente em casos de estupro!"
É um grande insulto para mim ouvir essas frases, é o mesmo que alguém me dizer: "Eu acho que sua mãe deveria ter sido capaz de abortar você" ou ainda "Se fosse pela minha vontade você já estaria morta." E essa é a realidade com a qual eu vivo quando ouço alguém dizer que são pró-escolha ou pró-vida "exceto em casos de estupro" porque eu absolutamente teria sido abortada se o aborto fosse legal em Michigan quando eu estava no ventre de minha mãe, e eu posso te dizer que isso dói. Mas eu sei que a maioria das pessoas não vão dar a cara a tapa para esta questão - para eles o aborto é apenas um conceito - com um clichê, que eles varrem para debaixo do tapete e esquecem depois de opinarem sobre o tema. Espero que, como uma criança concebida em estupro, eu posso ajudar a dar um rosto, uma voz e uma história a este problema.
Em resposta ao meu testemunho alguns idiotas me perguntam: "Então isso significa que você é pró-estupro?" Apesar da ridícula pergunta, eu a respondo porque entendo que eles não estão pensando claramente sobre os fatos. Há uma enorme diferença moral, porque mesmo por um estupro eu vim a existir, e minha vida teria sido encerrada porque eu teria sido assassinada por um aborto brutal. Você só pode ser morta e sua vida só pode ser desvalorizada, uma vez que você exista. Ser grata por que minha vida foi polpada em nada me faz pró-estupro.
Agradeço com lágrimas a Deus quando leio o Salmo 139:15:
"Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formada, e cada parte de meu corpo tecida nas profundezas do últero. Os Teus olhos viram o embrião tomando forma, e no teu livro foram escritos os meus dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles."
- Rebecca Kiessling
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Esposo e filhos de Rebecca:
Traduzido por Wesley Moreira